Submarino do Titanic: o que acontece agora após confirmação de mortes
Com a confirmação da morte dos cinco tripulantes
do submersível Titan, começa em breve uma nova Etapa: a investigação sobre o que pode ter
levado à provável implosão da embarcação Eu sou João Fellet, da BBC News Brasil em São Paulo E neste vídeo conto o que acontece agora e
quais devem ser os focos dessa investigação A conclusão de que o Titan
provavelmente implodiu veio de duas Das cinco partes da embarcação encontradas
no mar distantes uma da outra: um pedaço, Em formato de cone, era o “nariz” do Titan.
O outro pedaço tinha o formato de cauda. Além disso, a Marinha americana detectou o que
chamou de “uma anomalia sonora consistente com Uma implosão”, pouco depois de o Titan
ter perdido contato com a sua base Mas o que não está claro ainda
é o que causou essa implosão Um ponto importante da investigação
vai ser determinar se o submarino Sofreu uma falha estrutural que
tenha levado à ruptura do casco Lembrando que ele estava mergulhando em águas
muito profundas, onde a pressão é enorme O professor Blair Thornton, da Universidade
de Southampton, compara essa pressão ao peso De uma Torre Eiffel, ou seja, de dezenas de
milhares de toneladas comprimindo a embarcação O estado dos destroços sugere que, em algum ponto,
pode ter ocorrido um vazamento no submersível, O que levaria a pressão da água a desintegrar
as fibras de carbono da estrutura do Titan Se for possível detectar o local exato onde
essas fibras se romperam, talvez fique mais fácil Entender a sequência de eventos e se houve falhas
de fabricação ou de testes adequados para o Titan A embarcação já havia feito duas expedições
prévias aos destroços do Titanic, mas a Imprensa americana teve acesso a informações que
lançam dúvidas sobre a segurança da empreitada Eu me refiro a alertas feitos por oceanógrafos
e por um agora ex-funcionário da OceanGate, Dona do Titan, todos cobrando mais
testes para garantir que o Titan Aguentaria descer a quase 4 mil metros de profundidade Muitos especialistas também
têm questionado a regulação de Expedições submarinas particulares,
como as feitas pela OceanGate A maioria das embarcações oceânicas
têm de passar por certificação, Ou seja, um processo em que um órgão
externo averigua se determinados Padrões mínimos são cumpridos
Esse não era o caso do Titan A OceanGate diz que se tratava de uma embarcação
experimental e inovadora, que não se encaixaria Nos atuais padrões de certificação – uma posição
que, agora, está sendo alvo de escrutínio Ryan Ramsey, ex-capitão de submarinos
da Marinha Real Britânica, explica que A investigação dessa tragédia deve
ser parecida à da queda de um avião Ou seja, que será preciso buscar a maior
quantidade de peças possível do Titan,
Para analisar a estrutura que foi
rompida e tirar conclusões disso A diferença, é claro, é que
não existe uma caixa-preta, Como a dos aviões, para registrar
os últimos momentos da embarcação E quanto aos corpos das vítimas? John Mauger, representante
da Guarda Costeira americana, Disse que ainda não sabe se
vai ser possível localizar os Cinco tripulantes em um ambiente que ele
descreveu como “incrivelmente impiedoso” Várias embarcações permanecem na
região, assim como os veículos que Operação remota que vasculham o fundo do
mar ao redor do Titanic. Mas é possível Que muitos desses barcos comecem a ser
desmobilizados nas próximas horas ou dias Ainda não está claro quais órgãos farão
a investigação, porque não há protocolos Para acidentes do tipo com submersíveis
comerciais, em uma parte tão remota do oceano Além disso, os tripulantes são
de diferentes nacionalidades Mas como a Guarda Costeira americana
liderou as buscas até agora, Provavelmente terá um papel de
destaque nas próximas etapas O representante do órgão, John
Mauger, disse que os governos Dos países envolvidos na tragédia estão
em conversas a respeito da investigação A gente vai seguir acompanhando por aqui,
e você encontra muito mais detalhes dessa Cobertura no nosso canal no YouTube, nas
nossas redes sociais e em bbcbrasil.com Obrigado pela audiência e até a próxima. Já antes das expedições, um ex-funcionário da
OceanGate e outros oceanógrafos vinham cobrando Mais testes para assegurar que o Titan aguentaria
descer a quase 4 mil metros de profundidade. John Mauger, representante da Guarda Costeira
americana, disse que ainda não sabe se vai ser Possível localizar os corpos dos cinco
tripulantes em um ambiente que ele Descreveu como “incrivelmente impiedoso”.
Ainda não está claro quais órgãos farão a Investigação do caso, porque não existem
protocolos para acidentes do tipo com submersíveis Comerciais, em uma parte tão remota do oceano.