Os países tentando substituir China como 'fábrica do mundo'

Os países tentando substituir China como ‘fábrica do mundo’

Este iPhone foi fabricado na China, 
assim como grande parte dos produtos   Que a gente usa todo dia.  
Mas agora a Apple está mudando   Parte da sua produção para Índia e Vietnã. 
Essa mudança inédita é parte de uma tendência:   Cada vez mais empresas estão buscando diversificar 
os países onde seus produtos são fabricados.   Isso não significa que essas empresas 
vão abandonar a China. Mas o fato é   Que outros países asiáticos estão oferecendo 
incentivos para receber esse tipo de produção,   Num cenário de impactos econômicos 
da pandemia de covid e das tensões   Políticas entre Estados Unidos e Pequim. 
Eu sou Julia Braun, da BBC News Brasil em Londres,   E neste vídeo eu conto quais são as razões 
por trás dessa tendência e como Índia e   Vietnã estão tentando ameaçar a posição da 
China, considerada hoje a 'fábrica do mundo'.  O caso mais emblemático é o que eu mencionei: a 
Apple, uma das empresas mais valiosas do mundo,   Não só mudou parte da sua produção de iPhones 
para a Índia, como começará a fabricar alguns   De seus computadores MacBooks no Vietnã, com a 
ajuda da sua principal fornecedora, a Foxconn.   A Apple tenta reduzir sua dependência da 
China para evitar novas interrupções na   Cadeia de suprimento, como aconteceu 
durante a pandemia de covid.   Outro motivo foram os protestos de trabalhadores 
em uma cidade chinesa conhecida como iPhone   City. Eles exigiam melhores condições 
salariais e fim da rígida política de zero   Covid que vigorou por bastante tempo na China. 
Mas a Apple não é a única. Outra gigante global,   A empresa de logística DHL, também está ampliando 
suas cadeias de abastecimento fora da China.   Existem três fatores principais que 
influenciam nessa nova tendência:   • A contínua tensão comercial e 
política entre China e Estados Unidos   • Os aumentos nos custos da mão de obra chinesa 
• O envelhecimento da população   Outro elemento a se levar em conta são 
as restrições impostas pelo governo de   Joe Biden à exportação de semicondutores para 
a China, levando algumas empresas americanas   A estudar a opção de levar a fabricação 
de chips para outros países asiáticos.  Com mais de 1 bilhão de habitantes e a caminho de 
virar o país mais populoso do mundo, a Índia tenta   Se converter em uma alternativa sólida para as 
multinacionais que queiram realocar sua produção   – ou ao menos parte dela – fora da China. 
Terceira maior economia asiática,   Atrás da China e Japão, a Índia vem oferecido 
incentivos financeiros a essas empresas.   Foi nessa onda que a DHL anunciou alguns meses 
atrás um investimento milionário no país. O   Plano é duplicar a capacidade de armazenamento 
e o número de funcionários nos próximos anos.   E o conglomerado de mineração Vedanta Resources 
também fez um investimento milionário na Índia   Para a produção de semicondutores, 
em parceria com a taiwanesa Foxconn.   Além dos incentivos, o governo de Narenda 
Modi oferece o grande mercado interno indiano  

E uma força de trabalho de baixo custo, em 
comparação com os salários pagos na China.    É claro que isso desperta preocupações 
com os direitos trabalhistas indianos,   Como já foi discutido no caso chinês.   Além disso, na Índia persistem 
graves problemas de burocracia,   Corrupção e falta de infraestrutura, obstáculos 
para a instalação de indústrias de tecnologia.   Outro país que tenta substituir a China 
como fábrica do mundo é o Vietnã.   Lá, existe um plano estratégico de construir um 
corredor de infraestrutura integrado até 2030,   Um ponto importante para a 
produção em massa de bens.   Com um crescimento anual médio de mais ou 
menos 6% na última década, o Vietnã conseguiu   Se converter em destino para empresas do mundo 
ocidental que buscam produção de baixo custo.   Embora não tenha a capacidade de substituir 
a China como potência manufatureira,   O Vietnã poderia criar cadeias produtivas 
com bastante rapidez, e virar uma segunda   Ou terceira alternativa aos chineses. 
O país tem atraído investimento estrangeiro   Com acordos comerciais e reformas econômicas. 
Mas, do ponto de vista das empresas,   Também existem dificuldades. E especialistas 
dizem que, assim como acontece na China,   O Vietnã nem sempre faz cumprir os direitos 
de propriedade intelectual. Isso significa   Que falsificação de produtos ou roubos 
de segredos de produção não são raros.   Escândalos de corrupção e um 
sistema legal frágil também   São citados como empecilhos pelos especialistas.   Mesmo assim, em meio às tensões 
entre China e Estados Unidos,   A Apple planeja levar pela primeira vez a 
produção de MacBooks ao Vietnã ainda em 2023.   Os resultados dessa e de outras experiências 
mostrarão o quão efetiva e duradoura é a   Tendência de fabricar alguns produtos 
fora da China – e quantas empresas   Estarão dispostas a investir nessa mudança. 
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Obrigada pela audiência e até a próxima. 

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