OCP Mulheres – Marlene Nutricionista
Olá começa agora mais uma edição do ocp Mulheres edição especial em homenagem às Mulheres comemoradas no mês de [Música] Março e hoje eu recebo aqui Marlene Felisbino ela que é nutricionista está Aqui conosco para contar um pouco mais Da sua história do seu momento aqui em Jaraguá do Sul seja muito bem-vinda Marlene É uma honra receber você e quer Vamos iniciar sabendo um pouco mais de Você da sua história quem que é a Marlene Boa noite então eu sou Gaúcha Estou em Jaraguá do Sul há 34 anos Exercendo a profissão de nutricionista Eh foi a primeira profissional formada Em nutrição atuante em Jaraguá do Sul e Foi um caminho bem bem ardo né porque há 34 anos ser a primeira nutricionista de Jarag do Sul eh ninguém sabia o que que Era a profissão né inicialmente eu vim Para trabalhar na cozinha industrial do Sesi com 22 anos sem experiência Profissional para chefar 101 pessoas com 5.000 refeições diárias Então você Imagina o desafio que era para uma Menina né Jaraguá do Sul há 34 anos não Tinha essa quantidade de prédios que tem No hoje né Eu morei durante durante 6 Meses no hotel né E Esse essa minha experiência em hotel Ela foi um tanto traumática porque era Muito caro naquela época né e eu não Podia pagar um quarto com banheiro e
Então esses Viajantes que que dormiam Nesse hotel bti no quarto achando que eu Era uma mulher de programa né então você Veja como existia um preconceito né e eu Era uma profissional formada eu vinha Para cá trabalho mas como era tudo muito Caro e não tinha eh prédios para você Alugar um apartamento disponível eu eu Fui obrigada a morar se meses em um Hotel não naquela época não existia para Você ter uma ideia julana nem Restaurante por Quilo tá então eu me alimentava de Comida de segunda a sábado de meio-dia Porque era só restaurante ala carart que Funcionava meio-dia extremamente caro no Sábado tá não abria no domingo e eu Voltava comer de novo na segunda-feira Passava com um café do hotel e comendo o Que era possível dentro de um quarto de Hotel que era o que eu tinha somente o Quarto né sem televisão sem nada né Então assim eh todo o começo da vida Profissional da gente tem os percalços Né que vai se apresentando na vida da Gente e esse para mim assim mudar de Estado 22 anos chegar numa cidade com Uma cultura diferente né e e e e já ir Enfrentando essas dificuldades seja da Aceitação eh da equipe que que você Trabalha né que uma jovenzinha de 22 Anos você entenda Ah essa aí não sabe Nada né Eh claro que eu tinha um Conhecimento teórico né as pessoas que
Ali trabalhavam de de cozinheiro tinham A prática mas para você ir implantando Como é que precisa ser o trabalho né Foi Um caminho ardo né para conquistar o Respeito também né talvez eram pessoas Também que inclusive eram mais velhas Que você na época ex examente é eram Mais velhas e e assim Eh porque quem qual é o profissional de Uma cozinha industrial é aquele que não Não conseguiu ser absorvido pelo pelas Empresas Então não é uma mão de obra Qualificada ainda hoje é assim né então Você trabalha com com aquilo que não foi Absorvido por esse mercado de trabalho Né e e e assim realmente é um público um Tanto difícil de de se lidar né então Assim e isso já Eh foi assim e continua sendo assim Ainda hoje né na as cozinhas industriais Né E aí a a Marlene eh eh trabalhou no Ses então Eh de 91 A 94 e E aí eu ã capotei um carro né da da empresa a Gente servia refeições e E aí teve uma Falta de de de carne e a empresa já Tinha multado o ses por por a produção Ter parado e aí não tinha nenhum Motorista e eu recém tinha aprendido a Dirigir enchi o ma Saveiro de de panela Peguei um cozinheiro eu disse vamos que Nós temos que entregar isso na hora Pegando uma curva indo para Santa Luzia Estrada Patolada capotei carro só foi girando
Tinha recém abastecido eu sei que Ficamos de cabeça para baixo o rapaz Gritava um monte não conseguia saí eu Não sei da onde que eu tirei forças abri A janela Soltei o rapaz caminhei até um Orelhão porque era o que existia naquela época liguei pra empresa vim buscar a Comida liguei pro Sesi e você veja como Eram as coisas tá ninguém me levou pro Hospital eu voltei e trabalhei o dia Inteiro uhum tá E aí um mês depois eu Fui Demitida E aí não existia em emprego em Jaraguá do Sul para nutricionista isso Era 94 eu fui eh procurar um orelhão que era O que existia para avisar meus pais Olha Estou voltando para casa porque não Tenho o que fazer porque quando você Veio você já veio com esse emprego Acertado né vim com esse emprego vim com Esse emprego acertado E aí eu fui até o Orelhão que tinha na na na reino ral Porque na época eu já estava morando num Apartamento dividindo um apartamento com Três rapazes né coisa que pra época era O fim do mundo né E aquele telefone tava estragado aí eu Lembrei Nossa na frente do São José tem Um telefone eu vou lá ligar pro meu pai Para dizer que infelizmente eu vou Voltar né E então eu encontrei uma enfermeira que Fez faculdade na mesma faculdade que eu
Em juí no Rio Grande do Sul indo Embora ela disse assim Marlene você aqui O que tu tá fazendo Nossa cina nem te Fala tava trabalhando no sés acabei um Carro fui demitida Tô voltando não Marlene o hospital vai ser multado tá Precisando de uma nutricionista entra Aqui nossa no dia seguinte eu entrei no Hospital São José sem exame sem Nada naquela época nós tínhamos porco Galinha Horta e uma cozinha que era acomodada Por uma irmã que trabalhou muitos anos Eh num Sanatório e e não não tinha assim Eh toda essa esse cuidado assim com Manipulação circulação de gente a Cozinha tinha quatro portas então o Pessoal queria levar a roupa suja pela Lavanderia o caminho mais curto era por Dentro da cozinha passava com aquela Roupa suja de operação lá dentro ah eu Queria ir pro refeitório eh era um t Assim tem as quatro portas também acho Que não tinham muitas normas não tinha Dona não tinha então assim até tu Implantar tudo sabe Eh foi bem complicado bem complicado né Porque o dia que chegava a carne chegava Um boi inteiro era sangue era mosca para Tudo contel lado então não dá para você Visualizar isso mas era assim né e eu Tive a oportunidade de ter esse momento Que foi dessa forma e ao mesmo tempo I Eh vendo a evolução do hospital tá a a
Fazend a implantação das primeiras Dietas por sonda porque isso não existia Né a fazer a implantação de todo o o Sistema que é uma alimentação hospitalar Que não existia porque quando eu entrei Eh no hospital existia copeira que não Sabia ler como que tem uma copira não Sabe ler né então e eu saí do hospital Em 2009 né Eh com a cozinha de última Geração né entrei lá com fogão a lenha Então você fez parte de toda essa Mudança também né de toda essa Implantação tambm também aham e e assim ó você ir eh conquistando a confiança da Equipe médica porque é um caminho muito Ardo né Eh você trabalhar nessa área da saúde e Você ter o respeito profissional né E Como que se consegue o respeito Profissional estudando eu sempre fui Muito estudiosa se tem o que eu não sei Eu posso não saber por muito pouco tempo Eu vou buscar posso não te dar a Resposta agora mas em algum momento eu Vou te dar né e e nesse intermeio ali eh Assim que eu saí do Sesi em 94 eu abri o Primeiro consultório de nutrição em em Jaraguá do Sul e em 96 se eu não me Engana veio o primeiro oncologista para Jaraguá do Sul e ele me convidou para Trabalhar no Oncologia eu disse para ele Olha eu não entendo nada disso daí não Marlene Mas eu vejo que você é bem
Esforçada e tal né tu vai buscar ó Tranquilo né começamos a atender e tal Depois aí foi construída a oncoclínica e E aí a gente tinha um paciente que eh Fez uma cirurgia de retirada do estômago Nos Estados Unidos porque a cirurgia Aqui de grande porte ainda era muito Recente né porque os primeiros médicos Grandes cirurgiões estavam recé Chegando e aí ele esse paciente havia Tirado totalmente o estômago E ele disse Assim olha ele em 15 dias ele vem para Atender Eu disse Ah beleza né vou ligar Pra universidade que eu estudei eles vão Me dizer o que eu tenho que fazer liguei Aí ah paraa Universidade porque eu Estudei em juí no Rio Grande do Sul não A gente não tem experiência com isso eu Pensei Hum muito pequena aquela faculdade eu Vou ligar para ufsk eles vão me dizer o Que eu tenho que fazer liguei pedi para Passar pro departamento de nutrição É Não a gente não tem experiência com isso E aí Juliana tu imagina o desespero uhum Por que que eu te falo isso porque o Primeiro livro traduzido em nutrição e Oncologia Saiu em 2004 Nós estávamos em dois em 1996 que a nutrição interal estava Começando que não se falava em nutrição Eem Oncologia e eu tava abraçando essa Causa e que nem tinha tanto acesso à Internet assim como a gente tem hoje não
Você precisava de um artigo científico Três meses para vir dos Estados Unidos Entende Tá E aí eu disse pro pro pro médico eh Lá da Clínica o Dr Luiz eh se olha me dá O teus livros e medicina interna que eu Vou estudar e se tu tiver um livro de Fisiologia aí da época que a gente Estudou na faculdade me dá que eu vou Estudar e assim eu fiz né vamos ver como é que se estômago funciona né E vamos Ver o que que acontece sem sem ele e aí Não me vinha não me vinha não me vinha Não vi ideia daqui a pouco me deu um Start como eu venho de uma família Grande nós somos em 11 filhos nove Mulheres cada vez que nascia um filho de Uma irmã minha a minha mãe enviava a Gente para se babar nas férias Tá E aí eu me deu um Insight né nossa a Gente dá começa a comida pro bebê em Poucas quantidades com uma comida pastos Inha hum é isso que eu vou Fazer e aí foi assim que eu fiz paciente Veio era de uma família muito influente Aqui na na cidade um grande empresário 11 pessoas na minha sala e eu sabia o Que que eu tinha que dizer para ele Então Essa foi a minha o início da minha Caminhada no nutrição e Oncologia sempre Eu nunca perdi congresso eu sempre Estava em todos os congressos de Nutrição interal que era o que que tava Começando né que é alimentação via sonda
Aquele caninho que coloca pelo nariz vai Até o estômago sempre participava então Eh existia os foros de discussão e como Eu trabalhava no hospital a gente já Tava implantando essa nutrição porque eh Até então o como é que era essa nutrição Leite batido com bolacha Maria e sopa Coada porque não existia essas dietas Formuladas né então eu comecei a relatar Como é que era a minha experiência com o Gotejamento como é que a gente evitava Diarreia como é que a gente ia né fazia Esse manejamento sem dar problemas pro Paciente com a experiência que eu tava Vivendo dentro do hospital e e e aí Eu comecei a ser convidada para Participar desses fór e tal então assim Eu fui evoluindo dentro da nutrição Né E nesse Interim foi chegando mais nutricionistas E eu fui acolhendo essas colegas né Elas Vinham para Jaraguá não sabia de emprego Como eu já tava conhecendo um monte de Gente já arrumava emprego às vezes não Tinha onde morar botava na minha casa e Aí eu fundei o núcleo de nutricionistas Em Jaraguá do Sul hoje nós somos em 280 Profissionais em Jaraguá do Sul Né E e aí Eh eu ajudei a fundar o Conselho Regional de nutrição porque nós Pertencemos a Porto Alegre então eu Participei da primeira gestão do Conselho Regional de nutrição e aí nesse
Período Acho que eram 2010 por aí eu Ganhei as eleições dentro do conselho Para ser uma conselheira Federal então Eu passei a atuar daí em Brasília então Isso me deu uma possibil idade de Conheceu o Brasil né E essa oportunidade Foi muito enriquecedora porque eu Participei da elaboração do primeiro Guia alimentar paraa população Brasileira que ele ele foi um divisor de águas né na alimentação Porque até então Não se tinha essa questão da da Rotulagem que hoje você pega tem que ter Ali a quantidade de sódio eh que tem tem Glúten não tem glúten porque até ex ti o Guia alimentar a gente achava que a Gente comprava um pacotinho de suco em Pó e que ali dizia que tinha vitamina A C E e que ele ela melhor que você comer Uma laranja e o guia alimentar veio Dizer o quê Não isso não é comida isso é Produto Industrializado tá A comida é laranja Então eu tive essa oportunidade E aí eu Acabei conhecendo o pessoal do do INCA Né e por toda essa minha trajetória né Da construção da nutrição dessa evolução Eu fui convidada a escrever um capítulo Da nutrição e Oncologia pro Inca eh do Inquérito alimentar da população Brasileira aonde eu fiz toda a parte da Região sul né Eh aqui do do Brasil Então para mim foi Uma honra né gente porque assim ó eu
Nasci no interior tá eu do bei milho eu Limpei chiqueiro e você não tem ideia da Satisfação que eu tive a primeira vez Que eu fui paraa Brasília que aquele Avião foi descendo e você vai olhando Aquilo e pensando meu deus eu limpava Chiqueiro eu tô em Brasília entende e Você não imagina onde é que você pode Chegar né mas o que que é isso é a gente Determinar o que a gente quer e a gente Correr atrás né a gente aceitar os Desafios e e buscar né porque você veja Eu iniciei a nutrição eem Oncologia no Escuro eu iniciei a nutrição interal Dentro do hospital no escuro Tá E aí você conquistar isso tudo pelo Teu desempenho né E pelo teu esforço não Tem satisfação melhor que isso é isso Que eu ia te perguntar assim o que que Tinha lá dentro de você assim que fez Com que você persistisse assim e fosse Por esse caminho tanto de auxiliar as Pessoas quanto também ir em busca de uma Causa para que isso se tornasse muito Maior né tanto nos nos congressos quanto Nos núcleos que você formou assim sempre Querendo auxiliar o paciente mas também Fazer algo mais grandioso ainda na no Teu segmento na tua profissão né Eu Gosto de gente né Eu acho que isso é o Principal né e assim ó o eu venho de uma Família que meu pai sempre foi uma Pessoa que sempre ajudou muito as outras Pessoas eh como eu falei nasci no
Interior no Rio Grande do Sul que o Primeiro vizinho ficava 5 kmos que a Gente gritava e o eco levava e quando Nós mudamos pra cidade era uma cidade Pequena não tinha Hotel então meu pai Construiu lonar debaixo um quarto com Banheiro para quem precisasse vir do Interior para ir no banco ou precisasse Ir no médico né Eh tivesse um lugar para Dormir então a a casa da minha família Materna e materna foi uma casa aberta Para receber as pessoas e sempre o meu Pai ajudou qualquer pessoa então assim Isso eu trago com ele né e a minha mãe Sempre foi uma pessoa muito à frente do Tempo dela porque ela não teve Oportunidade de estudar né eh ela Aprendeu ler na Bíblia mas ela éa uma Pessoa muito sábia Tá o que que ela Dizia pra gente Estudem porque isso ninguém tira de Vocês tá você pode perder tudo mas se Você tem estudo isso ninguém vai te Tirar então isso assim eu levei muito a Sério Né Por quê Porque assim ó eu venho de Uma cidade do interior que a mulher com 20 anos tinha que já tá noiva que se Estivesse com 23 anos já já tava velha Né eu estudava numa cidade a 100 km da Minha cidade natal quando chegava em Casa sempre tinha um pretendente lá né Esperando porque meu pai queria que a Gente né casasse logo porque imagina
Nove mulheres Numa família eu quero Estudar eu quero ser alguém né Então Assim Eh nós somos donos do nosso destino Atenção mulheres que estão nos ouvindo Olha só que Pérola né eu determinei que Eu não ia namorar ninguém porque eu Queria ter uma formação por quê Porque Eu tinha um objetivo maior né então Eh Eu atingi esse objetivo que é me formar Né E aí cheguei aqui e as dificuldades Foram vindo foram vindo né e assim gente Eh eu sou uma pessoa de muita fé eu Nasci Numa família muito religiosa eu Sou católica né n Inclusive eu sou guia Eh espiritual eh eu faço parte de vários Movimentos da Igreja Católica aqui em em Jaraguá do Sul né e eu sou guia da Oficina de oração e vida então eu faço Um trabalho voluntário eh de Espiritualização com dependentes Químicos né então eu fiz esse trabalho Voluntário Hã desde 2015 com eles e acho que 2018 Por aí eu comecei a parte da Espiritualidade eh porque eu acho que o Que nos sustenta para cada uma dessas Dificuldades que a gente tem é a gente Ter fé eu acho que a gente tem que ter Fé em algo maior né e e assim ó por que Que eu te falo isso da Fé também eh eu Levei muito tempo para engravidar estava Morando já 11 anos com meu marido Engravidei aos 35 anos gestação gemelar
Né E a minha gestação foi interrompida Ah com 30 semanas então o médico disse Assim olha talvez eles não Ouçam talvez Eles não falem talvez não enxerguem Talvez não caminhem talvez não Aprendam Então esse foi o prognóstico Que eu recebi aquelas duas crianças né Eh um com 830 g o outro com 1,5 kg Então Você imagina entrar numa u Neu Natal e Ler o prontuário e entender o que tá Acontecendo com seu filho Né E e aí assim Eh foi toda uma luta muito grande pela Sobrevivência deles né e eu tive os Meninos em Joinville então a minha Família não é daqui estava sozinha lá em Joinville e aí tinham algumas mães que Também passava o dia todo lá na na no no Hospital e e algumas não tinham o que Comer então fui catando aquela gente Para dentro do meu Quarto e E então assim como viha muita Comida para mim eu dividia a comida com Mais duas outras mães que estavam lá né E e aí viemos para casa com os meninos Né com bastante dificuldades né E eles Foram crescendo e e a médica disse assim Não Marlene o cérebro da criança ele é Complacente ele vai depender muito do Teu estímulo e E aí então eu não aceitei Esse negócio de que não vai andar não Vai falar não vai aprender então eu Realmente investir em em estímulo pros Meninos né
E hoje eles estão com 22 anos né eu eu Sou eh que eles cham de manha atípica né Porque ambos TM eh défice atenção Hiperatividade né Eh um deles tem Deficiência mental leve porque eu vou à Luta das coisas assim como qualquer mãe De pcd também vai mas a inserção no Mercado de fato realmente ela é ela é Bastante discurso e pouca prática é uma Causa hoje que você abraça então é uma Causa que eu sempre abracei porque eu eu Tinha uma irmã que que sofria de Epilepsia E a gente ia na escola junto e E aí Assim todo mundo chamava ela de Louquinha de louquinha disim não preciso Defender essa minha irmã né ela era 3 Anos mais velha que eu eu acho que eu Devia tá o quê com que idade que tá uma Criança que tá na terceira da série os Oito 7 8 anos 7 8 anos aí eu disse para Um vizinho meu me ensina a bater eu Quero aprender lutar porque primeiro que Disser que a minha irmã é louquinha ou Eu apanho ou eu vou bater né então eu te Digo que eu já defendo essa causa desde Os 9 anos uhum né e Marlene você Comentou no nosso na nossa conversa que Você tá aposentada atualmente né S Como Que é o teu dia a dia hoje então fiquei Do anos em casa né Foi muito bom porque Quando a gente se aposenta a gente quer Limpar quer fazer isso fazer aquilo e Assim isso passou
Né eu recebi um convite para eh ser Assessora dos conselhos da Assistência Social aqui eu faço parte dos conselhos Da Saúde desde 2004 eu fui Presidente Duas vezes do Conselho da segurança alim E aí agora eu estou trabalhando batendo O cartão uma coisa que faz muito tempo Que eu não faço na minha vida né mas uma Experiência muito interessante né E Porque ali eu estou como assessora do Conselho da Infância e adolescência do Conselho do Idoso do conselho do Deficiente e do Conselho da Assistência Social então é um leque de muitas Situações que acontecem no município Isso tá tá me colocando à frente de Coisas que eu posso posso fazer né Então Tá conhecendo essa realidade de Jaraguá Do Sul né Nós somos um um município eh Com um IDH muito bom mas ao mesmo tempo Nós temos uma migração muito grande de Pessoas vindo para cá com outras Culturas com dificuldades né algumas Pessoas com muitas dificuldades de de Colocação até no mercado de trabalho Então ficam eh às vezes necessitando do Bolsa família né então assim isso me Colocou nessa nessa Seara agora né Sempre um aprendizado acho que a gente Tem que est aberto para esses Aprendizados né então agora eh você está Mais inserida na questão envolvendo a Política mesmo assim eh E esse teu Desejo assim essa vontade de participar
Desses projetos dessas causas de onde Surgiu tudo Isso então é o que eu te falei Anteriormente assim ó eu já tenho essa Pegada de est indo sempre à busca de tá Tá defendendo né Eu acho que eu que eu Já nasci um ser político né Acho que Naquele momento que eu disse pro meu Vizinho me ensina a lutar que eu vou Defender a minha irmã eu já tava sendo Política né e e assim ó eu eu pretendo Colocar meu nome à disposição né para Para concorrer a um cargo de de Vereadora pra gente poder est tendo Essas essas questões aí né porque eu sou Uma pessoa que vivenciou na Prática Saúde nós temos uma saúde muito boa em Jaraguá do Sul mas a gente tem que se Preocupar com o envelhecimento que tá a Nossa população né e e e e também a Gente tem que se preocupar com com essas Nossas crianças que nós temos né porque Não dá pra gente pensar que a gente só Tem eh pedofilia na Ilha de Marajó isso Não é a realidade né a gente tem isso Aqui em Jaraguá com com bebês com Crianças né então assim como que você Vai fazer tudo isso né Uhum Então assim E e e uma coisa que me pega muito é Eh o número insuficiente de mulheres Vereadora Nós temos duas com aquele Monte de homens e aquele monte de homens Que tá lá muitos anos fazendo a câmera Um lugar de profissão acho que isso tem
Que acabar entendem trazer um pouco mais Da energia feminina né energia feminina Nós temos que assumir o nosso espaço nós Temos que lutar né Eh pela pela mulher mesmo né E E então Eu acho que que realmente é ocupar o o Nosso espaço devido né e não se acanhar Porque o que que acontece a mulher Sempre foi o número para compor Chapa e Eles não podem mais aceitar isso né dos Homens serem os os caras que são os Preferidos de partidos x ou Y né Nós Temos capacidade né Por quê Porque tem Um ditado que diz o seguinte o homem é a Cabeça mas a mulher é o pescoço e segura Essa Cabeça Marene Foi um prazer falar com você Muito obrigada por trazer para você a Tua história uma história que pode Inspirar muitas mulheres uma história de Resiliência de foco e dedicação de ir em Busca daquilo que se quer muito obrigada Por estar conosco e olha meninas eu digo Para vocês não se rendam aos desejos de Outras pessoas você é responsável pelo Teu destino você pode chegar onde você Quiser determine tenha foco e vai em Frente e lembre-se o que a minha mãe Dizia estude porque o conhecimento Ninguém te tira maravilhoso muito Obrigada E muito obrigada à nossa Audiência também por estar conosco e até O próximo ocp mulheres