O mito da corrida frenética dos espermatozoides até o óvulo

O mito da corrida frenética dos espermatozoides até o óvulo

Quando a gente pensa no processo de fecundação, 
essa é mais ou menos a imagem que vem à cabeça: Uma corrida frenética dos espermatozoides para 
chegar ao óvulo, que está lá quietinho esperando Mas não é exatamente isso 
que acontece na vida real Sou Laís Alegretti, da BBC News Brasil,   E explico neste vídeo o que acontece 
dentro do corpo da mulher, quando,   Depois de uma ejaculação masculina, chegam 
cerca de 250 milhões de espermatozoides Pra começar, quando os espermatozoides chegam 
ali, têm que passar pela barreira do colo do útero Existem vários obstáculos 
nessa parte inferior do útero,   Que os espermatozoides têm de superar 
para chegar ao local da fertilização Eles só conseguem atravessar essa barreira se estiverem em boa forma E a verdade é que a maioria tem 
problemas no DNA ou outros defeitos É um processo seletivo importante, 
que vai permitir que apenas algumas   Centenas de espermatozoides cheguem até o óvulo Mas mesmo quando essa barreira é superada, eles 
não conseguiriam chegar sozinhos às tubas uterinas Outra pesquisadora descreve essa viagem assim: Alguns cientistas argumentam que 
o orgasmo feminino pode ajudar,   Ao provocar mais contrações musculares internas Mas outros dizem que ainda faltam 
mais estudos para confirmar isso E o óvulo, o que faz? Bom, ele não fica passivamente esperando 
a chegada do espermatozoide mais rápido O óvulo não tem capacidade de movimento próprio Mas os cílios, que são uma espécie 
de pelo dentro das tubas uterinas,   Ajudam ele a se mover rapidamente desde o ovário E o óvulo também secreta moléculas químicas 
que atraem e guiam os espermatozoides.  É provável que você já tenha escutado que o 
ambiente onde o espermatozoide se move é hostil Mas aí vem a pergunta: hostil para quem? Para pesquisadores, é hostil do 
ponto de vista do espermatozoide,   Mas não do óvulo, porque o trato 
reprodutivo feminino está fazendo   Todo o possível para gerar descendentes 
viáveis, ou seja, o melhor bebê possível Muitas dessas informações que eu acabei 
de contar não são novas. Se é assim,   Por que esse desconhecimento 
sobre a fecundação se perpetua? No fim das contas, ter equipes mais diversificadas de pesquisa, com pessoas de diferentes contextos culturais, Raciais e de gênero, já ajuda a melhorar a forma como se faz e se interpreta a ciência Nesse caso específico, isso pode até facilitar a busca por novas tecnologias e melhores tratamentos de fertilidade assistida

Com isso eu fico por aqui Para ver mais vídeos, fica de olho no nosso 
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