O impacto de liberação de caças americanos à Ucrânia

O impacto de liberação de caças americanos à Ucrânia

São aeronaves de guerra amplamente usadas
em combate aéreo. Mas que, até recentemente, estavam fora do
alcance da Ucrânia, que tem enfrentado a Rússia com caças antigos, da era soviética. Agora, uma decisão americana deixa os ucranianos
mais perto desses equipamentos militares: Os caças F-16. Eu sou Giulia Granchi, da BBC News Brasil,
e neste vídeo explico o que muda com o aval Americano para que os F-16 sejam cedidos à
Ucrânia – incluindo um risco de que a guerra Com a Rússia ganhe novas proporções. Os F-16 são caças de fabricação americana
que começaram a ser produzidos nos anos 1970. São tidos como aeronaves rápidas, compactas,
capazes de identificar e atacar alvos em terra Ou no ar, a quilômetros de distância. Embora já tenham sido ultrapassados em tecnologia
pelos caças F-35, os F-16 são um dos equipamentos Militares mais populares da era moderna e
foram bastante usados em guerras nas regiões Do Golfo Pérsico, dos Bálcãs e do Afeganistão. Segundo a fabricante americana Lockheed Martin,
existem 3 mil F-16 em operação em 25 países Do mundo. Com radares potentes, eles conseguem reagir
a aeronaves inimigas a partir de uma distância Maior e lançar bombas de precisão guiadas
a laser, GPS e sistemas avançados de rastreamento. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky,
vinha pressionando o Ocidente por acesso a Esses caças, alegando que eles são até
cinco vezes mais eficazes do que seus ultrapassados Aviões de guerra – só para ter uma ideia,
os mais novos são dos anos 90. Só que os Estados Unidos proíbem que países
revendam ou repassem equipamentos militares Americanos sem o aval da Casa Branca. E esse aval, no caso do F16, veio durante
a cúpula do G7, encontro que reuniu sete Das economias mais avançadas do mundo e contou
com a visita pessoal de Zelensky. O presidente americano, Joe Biden, anunciou
que países aliados poderão ceder seus caças F-16 à Ucrânia. Zelensky chamou a decisão de histórica. Até agora, os Estados Unidos estavam focados
em dar apoio militar para operações em terra Na Ucrânia, mas não aéreas. Uma das principais preocupações dos países
da Otan, a aliança militar do Ocidente, era De que ceder caças à Ucrânia colocaria
esses países sob risco maior de virarem um

Alvo direto à Rússia. Ou então de que os caças sejam usados pela
Ucrânia para atacar alvos em território Russo – com um risco enorme de isso escalonar
ainda mais a guerra. Mas Joe Biden disse que a Ucrânia se comprometeu
em agir apenas dentro De seu próprio território. Mas a Rússia não vê dessa forma. Porta-vozes do governo russo afirmaram que
países que cederem caças à Ucrânia vão Cometer, entre aspas, “um erro colossal”
que não mudará o rumo da guerra. Nas palavras do vice-chanceler Sergei Ryabkov: “Esses esforços são completamente inúteis
e sem sentido: nossa capacidade de combate é tamanha que os objetivos da operação
militar especial certamente serão atingidos”. De fato, até mesmo analistas militares ocidentais
veem com ceticismo a capacidade de os caças Mudarem dramaticamente os rumos da guerra,
diante dos sistemas de defesa possuídos pela Rússia. E tem outro empecilho: o tempo. Pode ser que leve mais um ano e meio até
que esses caças sejam entregues e que militares Ucranianos tenham sido devidamente treinados
para pilotar. Diante de tudo isso, o que levou Biden a autorizar
agora o uso dessas aeronaves? O conselheiro de segurança nacional americano,
Jake Sullivan, sinalizou que a guerra da Ucrânia Estaria entrando em uma nova fase. É o momento em que os ucranianos preparam
uma contraofensiva na tentativa de recuperar Território que caiu sob controle russo. Nas palavras de Sullivan: “Chegamos a um momento em que é hora de
olhar ao fim da estrada e dizer o que a Ucrânia Vai precisar como parte de uma força futura
para se defender das agressões russas.” O que nos leva ao ponto seguinte: qual o impacto
desses caças na guerra? Embora os F-16 sejam um potencial grande trunfo
para Kiev, o especialista em armamento da BBC, Chris Partridge, explica que isso vai
depender não só da rapidez com que a Ucrânia Vai conseguir essas aeronaves, mas de qual
quantidade. Um dos motivos é que os F-16 são mais eficientes
quando operam em conjunto. Individualmente, eles podem ficam mais vulneráveis
a um ataque dos potentes caças russos Su-35. Evelyn Farkas, ex-vice-secretária-assistente
de Defesa dos Estados Unidos, acha que os Caças têm importância dentro de um contexto
mais amplo de assistência militar americana. Tudo isso vai depender, é claro, de a Ucrânia
de fato conseguir acesso aos F-16.

Até o momento em que eu gravo este vídeo,
nenhum governo confirmou que pretende mandar Seus caças a Kiev, mas os especialistas que
a BBC consultou dizem que tem crescido a probabilidade De que isso aconteça. A Holanda, por exemplo, tem 24 caças F-16
em operação e 18 caças F-16 fora de operação. A Dinamarca, que tem cerca de trinta F-16,
havia dito em fevereiro que está aberta à Ideia de mandar seus caças à Ucrânia. O Reino Unido não tem F-16 na sua frota,
mas prometeu ajudar no treinamento de pilotos Ucranianos. Concluindo: na visão de Chris Partridge,
o aval americano ao suprimento de caças F-16 Não é o fim, mas sim o começo de um complicado
e longo processo até que de fato esses aviões De guerra cheguem ao Exército ucraniano. Com isso eu fico por aqui. Acompanhe nosso conteúdo de guerra na Ucrânia
no YouTube, nas redes sociais e em bbcbrasil.com. Obrigada e até a próxima!

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