Inundações no Rio Grande do Sul: o antes e depois da destruição pelas chuvas

Inundações no Rio Grande do Sul: o antes e depois da destruição pelas chuvas

As chuvas e as inundações no Rio Grande
do Sul já são classificadas pelas autoridades Como a maior catástrofe climática da história
do Estado, com um rastro de devastação e Mortes. Estas imagens de antes e depois dão uma dimensão
da tragédia. Mas como o volume das chuvas e a extensão
das enchentes se comparam às médias históricas? E por que está chovendo tanto? Sou André Biernath, da BBC News Brasil, e
neste vídeo te explico, em 5 pontos, por Que essa catástrofe está acontecendo no
Rio Grande do Sul. Ponto um: o volume de chuvas foi muito acima
da média. A equipe de Jornalismo Visual da BBC Brasil
compilou os dados da precipitação em algumas Das cidades mais populosas do Rio Grande do
Sul. E todas elas registraram, em apenas dez dias,
o dobro ou triplo das chuvas esperadas para Um mês inteiro. E isso nos leva ao ponto dois: entre os dias
1 e 2 de maio, o Rio Grande do Sul teve sete Das dez cidades que tiveram mais chuva em
todo o mundo! A líder desse ranking é Fahud, no Omã. Mas logo na sequência aparecem cinco cidades
gaúchas: Soledade, Caxias do Sul, Santa Rosa, Ibirubá e Cruz Alta. Os outros dois municípios do Rio Grande do
Sul que completam o ranking são Bom Jesus E Santo Augusto, que aparecem na oitava e
na nona posição. E essa enorme quantidade de água gerou uma
cheia nos rios e nas represas. Veja o exemplo do lago Guaíba, que circunda
Porto Alegre e a região metropolitana da Capital. A Prefeitura de Porto Alegre considera um
nível normal quando o lago fica com até 1,3 metro nos pontos de medição. Quando esse corpo d’água chega a 2,1 metros,
é decretado um nível de alerta. O recorde histórico de cheia do Guaíba havia
sido em 1941, quando ele alcançou 4,76 metros. Mas essa marca de 83 anos foi superada na
noite de 3 de maio, quando o lago chegou a 4,77 metros. Isso causou inundações em diversos bairros
da capital gaúcha, incluindo o centro histórico. E o Guaíba continuou a subir pelos dias seguintes:
na manhã de 6 de maio, ele chegou a 5,33 Metros, sem dar sinais de diminuir. E essa situação se repete em todo o Rio
Grande do Sul. Um decreto publicado pelo Governo local em
5 de maio reconhece o estado de calamidade

Em mais de 330 cidades gaúchas – ou dois
terços dos quase 500 municípios do Estado. A tendência é que esse número aumente com
o passar dos dias. O governador do Estado, Eduardo Leite, afirmou
que o Rio Grande do Sul vai precisar de um Esforço extraordinário de recuperação,
a exemplo do plano que reconstruiu a Europa Depois da Segunda Guerra. Sim, é um cenário de guerra no Estado
E como cenário de guerra vai ter que ter Também um pós-guerra A gente vai ter que atuar em duas frentes:
assistência, restabelecimento e reconstrução E prevenção e resiliência climático Mas o que explica esse fenômeno? Quais eventos climáticos estão por trás
de tanta chuva? Meteorologistas ouvidos pela BBC News Brasil
explicaram que as tempestades são consequência De uma combinação de três fatores principais: 1 – A presença de um cavado, ou uma corrente
intensa de vento, que proporciona a formação De um tempo bastante instável no Sul. 2 – Um corredor de umidade que vem da Amazônia
e potencializou a intensidade das chuvas. E 3 – A presença de uma onda de calor na
região central do país. A meteorologista Dayse Moraes explicou que
essa massa de ar quente sobre a área central Do país fez com que a frente fria ficasse
concentrada na região Sul, impedida de avançar E se diluir sobre outras áreas do país. Ou seja, as chuvas catastróficas do Sul têm
relação direta com a onda de calor registrada No Centro-Oeste e no Sudeste, onde as temperaturas
estão cerca de 5 °C acima da média para O outono. Aliado a isso, o período entre o final de
abril e o início de maio de 2024 ainda recebe A influência do fenômeno El Niño, que aquece
as águas do oceano Pacífico e aumenta a Umidade em diversas partes do planeta. Essa combinação de diversos fatores de uma
única vez é considerada rara pelos especialistas. Mas, em um relatório publicado em 2023, os
especialistas do Painel de Mudanças Climáticas Da ONU, o IPCC, apontaram pela primeira vez
uma relação entre as fortes precipitações Observadas na região que engloba o Rio Grande
do Sul desde a década de 1950 e as alterações Climáticas provocadas pela ação humana. E, segundo os pesquisadores, infelizmente
existe uma probabilidade muito grande de que Esses eventos voltem a ocorrer de uma forma
mais frequente e intensa daqui em diante. Eu espero que a gente consegue consiga, né
identificar formas de adaptação.

Porque infelizmente eu digo para você, eu
creio eu acredito que tem uma probabilidade Muito grande de que esses eventos voltem a
ocorrer de uma forma mais frequente intensa, Já que a gente não tem visto normalmente
ações que estejam limitando o aquecimento No nível ainda que – já vai provocar efeitos,
já vai ter impacto, mas que estão se tornando Cada vez piores à medida que o aquecimento
vai subindo. Bom, com isso eu fico por aqui. A BBC News Brasil continua a acompanhar os
efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul e A compartilhar informações e análises sobre
o evento climático extremo em bbcbrasil.com, Nas redes sociais e no YouTube. Um abraço e até a próxima.

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