JORNALISMO e PRODUÇÃO AUDIOVISUAL: informando o mundo! #VocêPodeSer Ep. 3
A gravação de amanhã vai ter que cair. Dependendo da situação e da urgência, a gente se enrola. Nesse episódio, a gente vai conhecer profissionais
que facilitam o acesso às informações. Eles orientam e informam a sociedade usando a comunicação. O papo vai ser sobre jornalismo e produção audiovisual. Olha só, chegou o dia do jornalismo,
que é a minha formação. Muita gente acha que eu fiz algum curso ligado à Ciência, tipo Química, Física ou até Engenharia. Mas, não. Eu fiz jornalismo na ECA, na Escola de Comunicações
e Artes da USP. Quando eu te contar o que um jornalista faz, você vai ver que tem tudo a ver com o Manual do Mundo. A função do jornalista é comunicar informações, notícias, fatos… Mas o trabalho do jornalista começa muito antes dele se colocar na frente da câmera ou começar a escrever um texto. O primeiro passo é definir a pauta, afinal de contas o que vai ser falado? O que tem de mais importante naquele momento? O que o público quer ouvir? Depois, o jornalista precisa apurar as informações, então, ele tem que pesquisar, ler muito, conversar com um monte de gente, Tentar entender o que está acontecendo e só aí ele vai organizar tudo num formato de texto na maioria das vezes. Que pode virar uma notícia no portal de internet, uma coluna num jornal até um roteiro de um programa de rádio Ou de um vídeo no YouTube. A linguagem é a ferramenta que a gente usa para levar
as informações até as pessoas, E a gente tem que adaptar a linguagem de acordo com
o público que a gente quer atingir. E para isso, vale mexer no tamanho, na abordagem, no formato e até nas palavras que a gente usa. Saber como conversar com cada um é fundamental para a gente conseguir se comunicar bem. Boa parte das notícias chegam na gente através da TV, da internet, do rádio… Mas para esses meios de comunicação funcionarem, precisa
de um motorzinho frenético lá dentro. Os produtores! Claro que essa galera não trabalha só nas produções jornalísticas. Eles estão na publicidade, na ficção, nos documentários… Claro que o nome não poderia explicar melhor. Os produtores audiovisuais estão preocupados com áudio e com o vídeo. E eles trabalham para garantir que o áudio e o vídeo vão ser captados da melhor maneira possível. E eles estão sempre de olho no tempo, gerenciando a equipe, equipamentos, toda estrutura por trás das câmeras. Dos objetos de cena até a alimentação
e segurança da equipe. Muitas vezes são a ponte entre a criação e a execução. Existem cursos de produção audiovisual, mas muitos profissionais formados em Rádio, TV, internet desempenham essa função. Não dá para dar bobeira com essa galera. Então, vamos bater um papo com Matheus Meirelles, ele é vídeorrepórter da CNN que fica aqui na Avenida Paulista, Um lugar super movimentado de São Paulo. Estou chegando aqui numa das maiores produtoras
de São Paulo para falar com Adriana Gaspar,
Que é produtora executiva. Vamos entender melhor o que ela faz. Bora! Pra começar, Matheus, o que que você tá fazendo nessa
semana? Tem sido uma correria danada nesses últimos dias, nessas últimas semanas, por causa das eleições. Essa semana é uma semana bem intensa, a gente está trabalhando no lançamento de uma série documental, um true crime, E, além disso, a gente está com outras duas séries em finalização.
E a gente também está com uma série entrando Em desenvolvimento. O seu trabalho é mais rotineiro ou ele muda bastante? Ele muda bastante, assim, eu acho que depende muito de cada etapa da produção. Então, por exemplo, agora nessa parte de lançamento é uma parte muito em contato com um time de marketing, Que não é um time que eu tenho contato tanto no cotidiano, E quando a gente está gravando, por exemplo, eu estou, às vezes, fora de São Paulo, estou em algum estado acompanhando Nessa gravação, ou entra numa rotina de ficar num set de gravação no estúdio. Aí, por um mês a minha vida é ir para o estúdio e trabalhar de lá. A gente recebe uma pauta ou duas e a gente recebe também o aviso "ó, no jornal x, você vai entrar. No jornal Y, você tem duas entradas" O que são essas entradas? São os ao vivos, E aí, depois disso, tem toda a repercussão e etc, às vezes surge algum assunto no meio do dia até que o dia termina. E onde você estudou? Eu sou formada em comunicação social com habilitação e cinema pela FAAP, Então é um curso que realmente engloba o audiovisual, mas focado em cinema. Eu me formei na faculdade Cásper Líbero, fiz jornalismo, comunicação social. A gente tinha muita parte de história da arte, história da comunicação, que eu acho que são fundamentos importantes, né, Para você trabalhar num audiovisual, mas ela também tinha parte de prática. Quando a gente criava e dirigia curta-metragens, por exemplo. Então tive oportunidade assim de experimentar. A faculdade que eu estudei, A Cásper Líbero, tem muita coisa prática. A teoria ela não é dispensável. Ela foi muito importante para minha formação como profissional. No finalzinho da faculdade, eu entrei para fazer estágio de produção executiva. Comecei a trabalhar na O2 Filmes, que é uma das produtoras maiores aqui do Brasil na área de produção executiva. Depois eu fiquei dois anos lá, entrei aqui na Boutique Filmes, que é onde eu estou atualmente, Que também é uma das maiores produtoras
aqui do Brasil, também na área de produção executiva, Mas como assistente. Mas eu tive a oportunidade, um convite aqui dentro da produtora de ir para área de produção e desenvolvimento em negócios E depois de dois anos eu voltei para produção executiva, aí como produtora executiva de não-ficção. Então, de uma série de documentários, né? Fiz o "Elize Matsunaga – Era uma vez um crime" foi o primeiro true crime para a Netflix, brasileiro.
Estreei também o "PCC: Poder secreto", que também é um true crime só que um pouco mais sociológico, né? E estou com uma série aí de docs, documentários true crimes ou não em produção, em desenvolvimento. E a faculdade ela tem ainda alguns laboratórios, então tem a televisão, tem o rádio, tem um impresso E me chamou atenção a rádio, eu falei "vou lá na rádio bater na porta deles", Até que uma estagiária me chamou, falou "Matheus, vem cá, eu tenho um texto aqui eu quero que é grave". Beleza, gravei, Ela gostou, colocou no ar. Durante dois meses eu fiz isso, até que em determinado momento eu tava apresentando um jornalzinho lá Dentro da Rádio Universitária, estava produzindo outro programa e passei na entrevista de emprego na Jovem Pan, Foi o primeiro lugar onde eu trabalhei. Depois da Jovem Pan, eu recebi um convite para ir para rádio CBN de São Paulo, Que é do grupo Globo, e depois de um ano e
meio de CBN, eu recebi o convite para trabalhar na CNN Brasil, Que é onde eu trabalho hoje. Sou vídeorrepórter aqui. Você percebeu que você tinha alguma habilidade, algum interesse
que fez diferença na hora de escolher? Eu lia muitos livros, eu acho que essa parte do cinema, né, do roteiro, de imaginar histórias era algo que realmente Trazia uma afinidade com essa carreira. Um dos meus primeiros brinquedos foi uma máquina de escrever, eu ficava digitando qualquer coisa, Depois eu comecei a escrever livrinho na máquina de escrever. Na escola, eu sempre era o cara que queria ler a redação, Que queria escrever o ditado mais rápido, que queria memorizar, eu fiz teatro na escola durante muito tempo. Com o tempo, e aí foi no cursinho, que eu falei "bom, essas habilidades elas talvez me levem em algum lugar". Foi o encaixe perfeito. A gente começou essa série dizendo que buscar informações e tirar todas as dúvidas sobre as profissões é muito importante. E é mesmo, mas não adianta ter só as informações. Dá para pensar num tripé, três bases importantes para você sustentar a sua escolha: Informação, autoconhecimento e projeto de futuro. A parte da informação, talvez, seja mais fácil de entender. É só você pegar suas dúvidas sobre profissões, carreiras, cursos e pesquisar. Ir atrás de sites, ler livros, assistir vídeos do Manual do Mundo… Agora, autoconhecimento e projeto de futuro? Quando a gente escolhe uma carreira, é importante a gente não olhar só para as profissões como se elas estivessem num cardápio. Além do você de agora, é legal olhar para o que você espera do futuro, seu e do mundo também. Qual é o tipo de vida que você quer ter? Você quer inovar, quer contribuir para um mundo melhor? O que você projeta pro futuro? Quanto mais pontos desse tripé forem levados em conta, mais seguro você vai ficando, Porque, vamos combinar, segurança é o que todo mundo quer na hora de decidir alguma coisa. Como é que é o ambiente de trabalho? Você tem que lidar com muita gente ou é um trabalho mais introspectivo? É um trabalho extremamente coletivo. Para o Matheus entrar ao vivo, depende ali de umas 20 pessoas.
E, claro, sempre as pessoas com quem a gente conversa, né? Eu tenho dois momentos bem distintos assim de uma etapa de produção. Uma parte bem de gestão, escritório, computador, e outra parte que é criativa e de set de produção. Foi fácil de escolher a sua profissão? Não foi fácil de escolher a profissão. Foi fácil, mas ao mesmo tempo foi desafiador. Meus pais eles são da área da saúde, então, eu tive sempre aquela influência de "ai, você vai fazer medicina" E na prática, eu sabia que eu queria alguma coisa que fosse
um pouco mais da área de comunicação. Eu só não sabia o quê. Então, eu prestei jornalismo, eu prestei ADM, prestei relações públicas… Eu não sabia o que eu queria fazer, eu queria fazer psicologia, fisioterapia, queria fazer biologia, queria fazer história E queria fazer jornalismo. Prestei em vários desses cursos, diversos vestibulares, passei em alguns, mas falei "não estou decidido"… Tive a oportunidade de fazer cursinho e, nesse ano, eu entendi que aquilo seria o meu caminho. E aí, eu descobri que tinha um curso de cinema, e eu gostava muito
de cinema mesmo, né, longa metragem… Eu me matriculei, eu fiz a prova, eu passei, falei "bom, acho que é esse, por isso, que eu vou fazer". Mas eu entrei sem conhecer nada a respeito do assunto, só de fato colocando a mão na massa e entendendo todas as nuances ali Da produção audiovisual que eu realmente entendi o que que é essa área, sabe? Quando eu escolhi jornalismo, quando eu entrei na faculdade, eu queria ser jornalista esportivo. De repente, o trabalho começou a se impor, começou a colocar o hard news, né, o jornalismo de cidade, do dia a dia, Coisas do jornalismo político… Hoje eu não me vejo fazendo outra coisa. Como é que concilia a vida particular e profissional num ambiente tão turbulento? O jornalismo ele toma conta da nossa vida, a gente está repórter, eu estou repórter, mas eu sou jornalista 24 h por dia, Não só quando eu bato ponto. Quando a gente não quer estar produzindo, a gente está consumindo, E a gente está o tempo inteiro. Quando a gente não está falando sobre o próprio trabalho, a gente está falando sobre o jornalismo Como um todo. Claro que os horários são completamente malucos quando a gente vai para set, a rotina muda completamente e tem… Exige um esforço, né, de você conseguir conciliar sua vida pessoal com a profissional. Mas eu me forço a ter realmente, assim, uma rotina e uma regra com meus compromissos pessoais, Então, eu não deixo de treinar todo dia, eu sempre tenho um momento para lazer no meu dia independente do horário, né? Eu vou separar um tempinho ali para assistir alguma série, né? Afinal, é daí que a gente tira todas as ideias. E o mercado está aquecido ultimamente? O mercado está aquecido, então, hoje o jornalista ele consegue, ele tem um leque muito grande de possibilidades, né? O mercado ele tá passando por um momento meio instável assim… a gente teve a pandemia recentemente,
Que eu acho que foi um momento de renovação para todo mundo,
todo mundo se obrigou a renovar, né, E tentar buscar novas formas de produzir. Calhou com um momento político onde a Ancine, que é o órgão que regulamenta o cinema E o audiovisual no Brasil, estava passando por uma fase de estagnação política, enfim, vários projetos foram interrompidos Por conta disso, e ao mesmo tempo, o mercado ganhou aí um novo
gás por conta do surgimento, consolidação das plataformas. Essa aqui é a mochila do kit do vídeorrepórter, do VR. Eu preciso de um tripé sempre, um banquinho porque ninguém é de ferro, Tem que ficar esperando, então, às vezes, a gente espera sentado quando é possível. E na minha mochila, tem diversas coisas O que eu preciso para entrar no ar? Dependendo, preciso de um monte de cabo, cabo para carregar, cabo para conectar, Tem o suporte que vai no tripé, que é onde vai o celular, onde vai a câmera, os meus dois aparelhos. São os dois… um é a câmera e o outro é o meu retorno. Retorno é você ver o que está passando na televisão? Não, o retorno de áudio. Eu não vejo o que está passando na televisão. Você não sabe o que está passando na televisão. Não, eu só escuto. E aí, eu fico lá esperando, vou passando o texto na minha cabeça, vou pensando de que maneira explicar aquilo, E o apresentador ou apresentadora te chama. Um microfone com fio e um microfone sem fio. Nesta case, a gente tem a luz. Então, é com tudo isso que eu trabalho todos os dias. Monto ali em 5 minutos, 10 minutos. Apesar do equipamento aparentar ser mais tranquilo, a gente tem que pensar, né? E aquilo lá, onde eu estou? É um lugar com muita interferência? Opa, esse microfone vai. Está com pouca luminosidade, muita
luminosidade? Eu vou ligar a luz. Qual que é a intensidade da luz que eu tenho que usar para ficar bem no vídeo? São vários, vários detalhes que vão sendo impostos pra gente. Uma coisa simples, às vezes, dependendo da situação e da urgência, A gente se enrola, a gente dá um jeito. Matheus, essas perguntas foram mandadas
pelo público. Existe um curso específico para se formar produtor? Existem alguns cursos, se eu não me engano, para fazer produção, mas eu acho que o melhor curso realmente Para você entender a área o audiovisual seria algum especializado em cinema, ou audiovisual, ou Rádio e TV. Jornalista só pode trabalhar em jornal? Não, jornalista pode trabalhar em qualquer lugar. Numa empresa privada específica para fazer comunicação interna, Pode trabalhar numa redação, pode trabalhar fazendo conteúdo pra internet pode trabalhar em diversos lugares. Só dá para trabalhar em filmes, programas de TV e coisas de vídeo ou dá para trabalhar em eventos, shows, teatro? Não é só cinema, não é só TV, não é só streaming… A nossa formação em cinema permite trabalhar com eventos, Com shows, com fotografia… é uma área bem ampla, né, da produção audiovisual.
O jornalista precisa ir atrás das notícias da TV ou ter alguém que manda o texto para você? Depende, eles mandam uma pauta, então, um assunto aonde você vai falar sobre árvores, e aí, o repórter vai a partir daquilo Produzir o seu texto, produzir a sua forma
de passar aquela informação. Qual a diferença de assistente de produção, diretor de produção,
produtor e produtor executivo? O cargo do produtor aqui no Brasil é aquele que tem realmente a visão macro do projeto como um todo, principalmente da visão Artística. Está todo mundo sobre o guarda-chuva do produtor. O produtor executivo tem essa interface, né, com o produtor, com o player, mas eu acho que é numa esfera muito mais operacional, né? E de você conseguir garantir que todos os departamentos estejam trabalhando dentro dos seus orçamentos, Dentro dos seus cronogramas, né? O diretor de produção ele está abaixo e responde ao produto executivo. Ele gere todo o orçamento de produção de fato ali de compra de infraestrutura de set, de contratação de fornecedor, De catering… O assistente de produção ele vai variar um pouquinho a depender do departamento de produção que ele está, né? Então, é assistente de produção de locação,
ele vai estar muito mais focado junto com o produtor de locação Em viabilizar todas as locações da gravação, né? Quais são os cargos dentro de um jornal? O que é um
editor- chefe, por exemplo? Ele que escolhe a cara do jornal, ele que define o que vai acontecer
do início ao meio ao fim daquele jornal. Já o de impresso ele já tem um papel mais amplo, né? Muitas vezes ele redige o texto, ele corrige o texto… O repórter, eu falei já algumas vezes, tem papel de reportar, trazer informação, de condensar. Já o produtor é quem vai atrás muitas vezes dessa notícia, das partes, dos pedaços. E vocês ficam o tempo todo atrás das câmeras? Antes de abrir câmera, a gente está fazendo um milhão de coisas fora dela, né? Então, ali aquele momento importante de gravação, mas antes e depois disso tem muitas etapas assim. Tem a parte de pós-produção, então, não é só ficar atrás das câmeras, não. Precisa ser curioso para ser jornalista? Você fica perguntando coisas para todo mundo o tempo todo? Eu, particularmente, sou muito curioso e não consigo ver o jornalismo sem a curiosidade extrema. O seu trabalho ele pode ser mais criativo ou ele é mais operacional? O trabalho de produtor executivo ele pode englobar os dois. E eu acho que isso que torna ele ainda mais instigante. Um jornalista, no momento em que está dando uma notícia, pode dar sua opinião sobre o que ele está anunciando ou não? Depende ali em que local você está, em que posição dentro da profissão você está. É fácil arranjar um emprego fixo, um CLT, ou é mais temporário? Eu acho que tem os dois universos assim. Tem toda a parte de produção de set, de filmagem, né, E toda essa equipe que realmente trabalha. Ou a gente chama de freela, que entra especificamente para o projeto, Mas também tem a parte de escritório que tem a possibilidade de ser contratado CLT e fixo. Assim, por exemplo, numa produtora, num canal, numa plataforma… Então, tem as duas oportunidades. Para você se especializar em alguma coisa no jornalismo, sei lá,
Jornalismo esportivo, econômico, tem que estudar alguma coisa a parte? Como é que funciona isso? Tem na faculdade? A gente sai da faculdade podendo exercer a nossa profissão, seja lá em qual for a parte desse leque. Mas qualquer especialização é boa, é bem-vinda e é uma forma da gente se aprofundar mais naquele assunto, para a gente se tornar especialista, Expert naquele assunto. É verdade que no set de filmagem tem uma hierarquia muito forte, quase militar? Existe uma hierarquia entre os profissionais, com certeza, acho que como em qualquer outra área, Mas o setor audiovisual acho que tem se modificado para melhor, para um ambiente assim muito mais inclusivo E realmente acolhedor, sabe? E não num viés tão militarizado… Você sente que seu trabalho pode ser visto no produto final? Sim, eu sinto e é muito engraçado que eu acho que, a gente que trabalha principalmente na produção executiva E consegue ter a visão do todo, a cada cena que está ali na tela, eu lembro de todo o processo de produção que foi Para viabilizar aquilo. Como é que você se sente sendo os olhos das pessoas
nos momentos históricos? É muito bacana você poder olhar aquilo e ter a responsabilidade
de traduzir, de explicar, de descrever Aquele momento para as pessoas. Qual é o topo da profissão? Eu prefiro colocar que o topo para mim assim de atingir, eu acho que um desejo pessoal, seria conseguir atingir um público cada vez Mais amplo, conseguir trazer à vida narrativas que possam realmente impactar vidas e trazer uma reflexão positiva, né? Ser um apresentador, né, ter uma posição ali de destaque, mas tem um outro fator também que para mim eu vejo como topo. Quem sabe um dia ser professor, ter essa possibilidade de entrar numa sala de aula e formar outros jornalistas. Essa é uma coisa que eu, pessoalmente, vejo como um topo bacana. E como a sua profissão muda o mundo para melhor? A gente consegue tocar o imaginário das pessoas, a gente consegue emocionar as pessoas e a gente consegue trazer Realmente reflexão sobre assuntos que são
relevantes para serem debatidos na sociedade, né? O jornalismo ele protege o mundo, ele permite que a gente tenha acesso ao que há de mais valioso, Que é o conhecimento ali no momento imediato muita coisa acontece pra gente entender como o mundo funciona No nosso entorno. Só vale sim ou não agora, hein? Você fica pensando em pauta o dia inteiro? Sim. Um radinho no ouvido e uma prancheta na mão… ninguém te segura? Não. Lê jornal todos os dias? Não.
A roupa toda preta não pode faltar? Não, roupa preta não pode faltar. Você anda com caderninho no
bolso? Sim. Sua agenda de contatos vale ouro? Sim. Ao vivo ainda dá frio na barriga? Todo dia. Está sempre de olho no relógio e no calendário? Sim, no relógio, calendário, no celular, no
computador… tudo ao mesmo tempo. Você já pensou em desistir, mudar de profissão? Não. Já. Já postou foto dos créditos de algum trabalho nos stories? Sim, com certeza. Você ainda recebe mensagem quando a família te vê na TV? Todo dia. Igual super-herói, com cinto de utilidades? Sim. Uma manchete boa salva uma pauta ruim? Sim. Odeia a planilha de Excel? Não, eu amo! Não vivo sem Excel. Gente, Excel é vida. Meu nome é João Pedro, eu tenho 24 anos e, assim como você, Iberê, eu sou jornalista. Em 2011, que você postou no vídeo de 10 milhões de visualizações do Manual do Mundo. E aí, foi a primeira vez que eu vi você falando que é jornalista. E hoje, 11 anos depois daquele vídeo, Iberê, eu estou aqui, formado como jornalista, Posso dizer que é graças a você que eu
estou nessa profissão que eu tanto amo E tenho certeza que eu não sou o único.