6 joias icônicas da história

6 joias icônicas da história

 
 
Certas joias, a depender do   Seu valor, sua história e de quem as usa, acabam 
se tornando ícones de glamour, poder e riqueza.   Mas também podem virar símbolos de dominação 
– ou até mesmo ganhar a fama de amaldiçoadas.    
Eu sou Nathalia Passarinho, da BBC   News Brasil e neste vídeo conto a história 
de 6 das joias mais lendárias do mundo. 
  Começo por uma que é parte das Joias da 
Coroa britânica. Ela é de valor inestimável, mas   Recentemente entrou no noticiário por sua ausência 
em um evento muito importante para a monarquia.    
Estou falando do diamante de Koh-i-Noor, uma   Joia central na coroa que foi usada pela avó de 
Charles, a chamada rainha-mãe, Elizabeth – mãe de   Elizabeth Segunda.  
   Esperava-se que essa coroa fosse 
usada pela rainha consorte Camilla   Na cerimônia de coroação do rei Charles 3°, 
em 6 de maio. Mas isso não deve acontecer.    
O motivo é que o Reino Unido quer   Evitar problemas diplomáticos com a Índia, que 
afirma ser a legítima proprietária do diamante.    Para entender essa disputa e a importância do 
diamante, é preciso conhecer a complicada história   Dele, que remonta aos anos 1600. 
   Um dos primeiros donos conhecidos da pedra é Shah 
Jahan, imperador do povo mogol, que governou o   Norte da Índia por 300 anos. Até que os persas 
invadiram e roubaram os tesouros mogóis, inclusive   O diamante. A joia, então, foi colocada em uma 
pulseira do governante persa Nader Shah e passou   A habitar o território que hoje é do Afeganistão. 
   Sangrentas batalhas se sucederam na região, 
e cada vencedor ficava com o espólio do líder   Anterior. Nesse ir e vir de disputas, o diamante 
voltou pro território indiano, já no século 19.    Até que os britânicos entraram 
em cena na conquista da Índia.     
A Companhia das Índias Orientais,   Uma empresa privada que representava os interesses 
do governo britânico, tomou posse da joia em 1849,   Depois de vencer a guerra anglo-sikh. O diamante 
virou uma espécie de símbolo da supremacia que o   Império Britânico tentava impor na região. 
   O Koh-i-Noor foi entregue à rainha Vitória, que 
o celebrou como o “maior diamante do mundo”,   E incorporado às Joias da Coroa. 
Depois, em 1937, virou parte da   Coroa da rainha-mãe Elizabeth. Inclusive, a joia 
foi usada pela última vez na cerimônia fúnebre   Dessa monarca, em 2002. Hoje, pode ser vista 
pelo público em geral na Torre de Londres.    
Só que desde 1947, quando deixou de ser colônia   Britânica, a Índia pede a devolução do diamante. E 
até o regime do Talebã já fez um pedido para que a   Peça fosse levada ao Afeganistão, no ano 2000. 
 
 

Diamantes naturalmente negros já são bastante 
raros. E o Orlov é o mais conhecido deles,   Porque tem uma história de arrepiar – tanto 
que até hoje é chamado de diamante amaldiçoado.    
Reza a lenda que o Orlov original foi roubado por   Um viajante, de uma estátua do deus hindu Brahma, 
em um santuário indiano do século 19. Isso teria   Desencadeado uma sucessão de mortes: primeiro, 
o viajante que o roubou foi assassinado.     
Depois, o comerciante que   Levou a pedra aos Estados Unidos foi à falência 
e cometeu suicídio. Por fim, uma princesa   Russa chamada Nadia Vygin-Orlov, que teria sido 
presenteada com o diamante, também se suicidou.     
Mas pesquisas   Recentes lançaram dúvidas sobre essa história. 
Especialistas consideram improvável que o diamante   Tenha se originado na Índia e duvidam até mesmo 
que a princesa Orlov tenha realmente existido.    
O que se sabe é que o diamante   Foi novamente lapidado para formar três gemas 
individuais, na esperança de quebrar o feitiço. 
  Outro diamante de passado sinistro é o Hope. 
   Segundo o escritor Karl Shuker, a 
história da pedra começa nos anos 1600,   Em um templo indiano de onde ela foi roubada – o 
que, de novo, teria desencadeado uma maldição.     
Em 1668, o diamante foi vendido por um mercador   Francês ao rei Luís 14, da França – e saqueado um 
século mais tarde, durante a Revolução Francesa.    
O que aconteceu com   O diamante? Não se sabe ao certo, mas em 1812, uma 
pedra parecida foi documentada como sendo de posse   De um mercador inglês. 
   A joia teria sido comprada então pelo rei inglês 
George 4°, que ao morrer, em 1830, estava tão   Endividado que provavelmente vendeu o diamante.  
   O joalheiro Pierre Cartier foi o responsável pelo 
belo colar de diamantes brancos que agora sustenta   O diamante Hope. Ele o vendeu para a herdeira da 
mineração Evalyn Walsh McLean em 1912 — e eis que   Os rumores de maldição voltaram a circular. 
   Conta-se que os dois filhos de McLean teriam 
morrido enquanto ela estava usando o colar.    
Depois de passar por outras mãos, o Hope acabou   Sendo doado ao Museu Smithsonian, em Nova York.  
   
Eis mais uma joia que ficou famosa tanto por   Quem a usou quanto por seu passado problemático. 
   Estou falando do diamante usado por Audrey Hapburn 
na publicidade do filme Bonequinha de Luxo,   De 1961. 
   Mais recentemente, foi usada em um colar por Lady 
Gaga, no Oscar de 2019, e por Beyonce, em uma  

Campanha publicitária da joalheria Tiffanny’s.  
   Fora essas três celebridades, só mais uma 
mulher usou o colar: uma socialite chamada   Mary Whitehouse. 
   Mas o ar de exclusividade do diamante trouxe com 
ele a controvérsia das suas origens obscuras.    
É que o diamante foi desenterrado em 1877   Na mina de Kimberley, na África do Sul. A mina 
era conhecida pelas condições assustadoras a que   Os trabalhadores negros eram submetidos e pelos 
baixíssimos salários que eles recebiam durante o   Regime colonial britânico. 
   Tanto que houve quem dissesse que a expressão 
“diamante de sangue”, geralmente usada para   Designar diamantes que financiam conflitos 
sangrentos, poderia também ser aplicada nesse   Caso. 
 
  La Peregrina é uma pérola deslumbrante 
encontrada na costa que hoje é do Panamá,   Nos anos 1500. Ela tem uma história tão 
interessante quanto seu formato de pera.    
Foi comprada   Inicialmente pelo rei Filipe 2º da Espanha 
para sua noiva, a rainha Mary da Inglaterra.   Ela foi passada de geração em geração na 
realeza espanhola, até cair nas mãos do   Irmão mais velho de Napoleão Bonaparte, 
quando os franceses invadiram a Espanha.    
A joia ficou na família Bonaparte até   Que Napoleão 3° precisou de dinheiro e a vendeu.  
Avançando muitos anos no tempo, em 1969, ela foi   Comprada em um leilão por Richard Burton para a 
atriz Elizabeth Taylor. Virou parte de um colar.    
Elizabeth Taylor contou que,   Certa vez, entrou em pânico porque achou que a 
pérola tivesse desaparecido. Até que percebeu que,   Na verdade, a joia estava na boca do 
seu cachorro, sendo mastigada. Mas foi   “resgatada”. 
   A La Peregrina foi vendida novamente em 
2011 pela casa de leilões Christie's,   Em Nova York, por um valor recorde na época 
– equivalente hoje a 61 milhões de reais. 
  A Cruz de Attallah é outra joia que 
voltou ao noticiário há pouco tempo,   Quando foi comprado pelo equivalente a 1 milhão 
de reais pela celebridade Kim Kardashian.    
A joia de ametistas e diamantes foi criada nos   Anos 1920 pela joalheria londrina Garrard. 
   Mas o que torna ela particularmente especial e 
glamourosa é que ela era usada com frequência   Pela princesa Diana. Isso apesar de nunca ter 
pertencido à Lady Di, e sim a um amigo dela,   Naim Attallah. 
   Segundo o filho dele, a princesa foi a 
única mulher que Attallah permitiu que  

Usasse a peça.  
  Com isso eu fico por aqui, siga acompanhando 
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